Bacharel em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Licenciado em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Especialista em Educação no Ensino Superior. Especialista em Filosofia pela UNESP. LICENCIADO EM PEDAGOGIA - UNESP. BACHAREL EM TEOLOGIA PELA FACULDADE DA CONGREGAÇÃO DOS MISSIONÁRIOS CLARETIANOS
SE O TEMPO FOSSE OURO..., TALVEZ PUDESSES PERDÊ-LO. - MAS O TEMPO É VIDA, E TU NÃO SABES QUANTA TE RESTA.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
PRIMEIRO ANO - PRIMEIRO BIMESTRE - A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS
THOMAS KUHN
https://www.youtube.com/watch?v=2SoodFbCb20&start_radio=1&list=RD2SoodFbCb20
Ciência normal - Pesquisa firmemente baseada em uma ou mais realizações cientificas passadas. São reconhecidas pela comunidade cientifica por algum tempo.
Estudo do paradigma - Realizações abertas para deixar todas as espécies de problemas serem resolvidos pelo grupo de praticantes da ciência.
Pré-requisitos para a ciência normal - Comprometimento e o consenso aparente, isto é a continuação de uma tradição de pesquisa determinada.
Candidato a paradigma - Todos os fatos pertinentes ao desenvolvimento de determinada ciência tem a possibilidade de parecem relevantes.
Para ser aceita como paradigma, uma teoria deve parecer melhor que suas competidoras, mas não precisa explicar todos os fatos com os quais pode ser confrontada.
O novo paradigma implica uma definição nova e mais rígida do campo de estudos.
No seu uso estabelecido, em paradigma é um modelo ou padrão aceito
Na ciência um paradigma raramente e suscetível de reprodução.
O sucesso de um paradigma, é uma promessa de sucesso. A ciência normal consiste na atualização dessa promessa, atualização que se obtém ampliando-se o conhecimento daqueles fatos que o paradigma apresenta como particularmente relevantes, aumentando-se a correlação entre esses fatos e as predições do paradigma e articulando-se ainda mais o próprio paradigma.
A maioria dos cientistas, durante toda sua carreira, ocupa-se com operações de limpeza. Para o autor isto é chamado de ciência normal.
A pesquisa cientifica normal está dirigida para a articulação daqueles fenômenos e teorias já fornecidos pelo paradigma.
O paradigma força os cientistas a investigar alguma parcela da natureza com uma profundidade e de uma maneira tão detalhada que de outro modo seriam inimagináveis.
Para Kuhn "existem apenas três focos normais para a investigação cientifica dos fatos e eles não são nem sempre nem permanentemente distintos".
Classe de fatos que o paradigma mostrou particularmente reveladora da natureza das coisas.
Ao emprega-los na resolução de problemas, o paradigma tornou-os merecedores de uma determinação mais precisa, numa variedade maior de situações.
Diz respeito aqueles fenômenos que, freqüentemente sem muito interesse intrínseco, podem ser diretamente comparados com predições da teoria do paradigma.
Esgota as atividades de coleta de fatos da ciência normal. Consiste no trabalho empírico empreendido para articular a teoria do paradigma, resolvendo algumas de suas ambigüidades residuais e permitindo a solução de problemas para os quais ela anteriormente só tinha chamado a atenção. Essa classe é a mais importante de todas.
Abandonar em paradigma é deixar de praticar a ciência que este define.
O objetivo da ciência normal não consiste em descobrir novidades substantivas de importância capital e se o fracasso em aproximar-se do resultado antecipado é geralmente considerado como um fracasso pessoal do cientista.
Resolver um problema da pesquisa normal é alcançar o antecipado de uma nova maneira. Isso requer a solução de todo o tipo de complexos quebra-cabeças instrumentais, conceituais e matemáticos. O indivíduo que é bem sucedido nessa tarefa prova que é um perito na resolução de quebra-cabeças.
Quebra-cabeças indicam a categoria particular de problemas que servem para testar nossa engenhosidade ou habilidade na resolução de problemas.
O critério que estabelece a qualidade de um bom quebra-cabeça nada tem a ver com o fato de seu resultado ser intrinsecamente interessante ou importante.
Ao contrário, os problemas realmente importantes em geral, não são quebra-cabeças.
Uma vez engajado em seu trabalho, sua motivação passa a ser bastante diversa. O que o incita ao trabalho é a convicção de que, se for suficientemente habilidoso, conseguirá solucionar um quebra-cabeça que ninguém até então resolveu ou, pelo menos, não resolveu tão bem.
Para ser classificado como quebra-cabeça não basta a um problema possuir uma solução assegurada. Deve obedecer a regras que limitam tanto a natureza das soluções aceitáveis como os passos necessários para obtê-las.
A ciência normal é uma atividade altamente determinada, mas não precisa ser inteiramente determinada por regras.
As regras, segundo Kuhn, derivam de paradigmas, mas os paradigmas podem dirigir a pesquisa mesmo na ausência de regras.
A determinação de paradigmas compartilhados não coincide com a determinação das regras comuns do grupo. Isto exige uma Segunda etapa, de natureza um tanto diferente. Ao compreende-la, o historiador deve comparar entre si os paradigmas da comunidade e em seguida compará-los com os relatórios de pesquisa habituais do grupo.
A falta de uma interpretação padronizada ou da redução de regras que goze da unanimidade não impede que um paradigma oriente a pesquisa. A ciência normal pode ser parcialmente determinada através da inspeção direta dos paradigmas. Esse processo é freqüentemente auxiliado pela formação de regras de suposição, mas não depende delas. Na verdade, a existência de um paradigma nem mesmo precisa implicar a existência de qualquer conjunto completo de regras.
Os cientistas trabalham a partir de modelos adquiridos através da educação ou da literatura a que são expostos posteriormente, muitas vezes sem conhecer ou precisar conhecer quais as características que proporcionam o status de paradigma comunitário a esses modelos. Para atuarem assim, os cientistas não necessitam de um conjunto completo de regras.
A ciência normal pode ser parcialmente determinada através da inspeção direta dos paradigmas. Esse processo é freqüentemente auxiliar pela formação de regras de suposição, mas não depende dela. Na verdade, a existência de um paradigma vem mesmo precisa implicar a existência de qualquer conjunto completo de regras.
OS cientistas trabalham a partir de modelos adquiridos através da educação ou da literatura. Não necessitam de um conjunto completo de regras.
O período pré-paradigmático, em particular, é regularmente marcado por detalhes freqüentes e profundos a respeito de métodos, problemas e padrões de solução legítimos - embora esses debates sirvam mais para definir escolas do que para produzir um acordo.
Quando os cientistas não estão de acordo sobre a existência ou não de soluções para os paradigmas fundamentais de sua área de estudos, então a busca de regras adquire uma função que não possui normalmente. Contudo enquanto os paradigmas permanecerem seguros, eles podem funcionar sem que haja necessidade de acordos sobre as razões de seu emprego ou mesmo sem qualquer tentativa de racionalização.
A ciência normal não se propõe descobrir novidades no terreno de fatos ou da teoria, quando é bem sucedida, não as encontra
A descoberta começa com a consciência da anomalia, isto é, com o reconhecimento de que, de alguma maneira, a natureza violou as expectativas paradigmáticas que governam a ciência normal. Segue então uma exploração mais ou menos ampla da área onde ocorreu a anomalia. Esse trabalho somente se encerra quando a teoria do paradigma for ajustada, de tal forma que o anômalo se tenha convertido no esperado.
A descoberta de um novo tipo de fenômeno é necessariamente um acontecimento complexo, que envolve o reconhecimento tanto da existência de algo, como de sua natureza.
A percepção da anomalia, isto é um fenômeno para qual o paradigma não prepara o investigador - desempenhou um papel essencial na preparação do caminho que permitiu a percepção da novidade.
Em resumo a decisão de empregar um determinado aparelho e emprega-lo de um modo específico baseia-se no pressuposto de que somente certos tipos de circunstâncias ocorrerão. Existem tanto expectativas instrumentais como teóricas que freqüentemente têm desempenhado um papel decisivo no desenvolvimento científico.
Nem todas as teorias são teóricas paradigmáticas. Tanto os períodos dos pré-paradigmáticos, como durante as crises que conduzem a mudanças em grande escala do paradigma, os cientistas costumam desenvolver muitas teorias especulativas e desarticuladas, capazes de indicar o caminho para novas descobertas. Muitas vezes, entretanto, essa descoberta não é exatamente a antecipada pela hipótese especulativa e experimental. Somente depois de articularmos estreitamente a experiência e a teoria converter-se em paradigma.
Características comuns das descobertas que emergem novos tipos de fenômenos:
Consciência prévia da avaliação;
Emergência gradual e simultânea de um reconhecimento tento no plano conceitual como no plano da observação.
Conseqüente mudança das categorias e procedimentos paradigmáticos.
No desenvolvimento de qualquer ciência, admite-se habitualmente que o primeiro paradigma explica com bastante sucesso a maior parte das observações e experiências facilmente acessíveis aos praticantes daquela ciência.
A anomalia aparece somente contra o pano de fundo proporcionada pelo paradigma. Quanto maiores forem a precisão e o alcance de um paradigma. Tanto mais sensível este será como indicador de anomalias e, conseqüentemente de uma ocasião para mudança de paradigma.
As mudanças que são causadas pelas descobertas, são tanto construtivas como destrutivas.
Depois da assimilação da descoberta, os cientistas encontram-se em condições de dar conta de um numero maior de fenômenos ou explicar mais precisamente alguns fenômenos previamente conhecidos.
A emergência de novas teorias é geralmente precedida por um período de insegurança profissional pronunciada, pois exige a destruição em larga escala de paradigmas e grande alterações nos problemas e técnicas da ciência normal.
A proliferação de versões da teoria é sintoma de crise.
Uma nova teoria surge somente após o fracasso caracterizado na atividade normal de resolução de problemas.
Papel da crise e sua importância: A solução dos problemas como quebra-cabeças, são antecipados, pelo menos parcialmente, em um período no qual a ciência correspondente não estava em crise.
As antecipações foram ignoradas especialmente por não haver crise.
Enquanto os instrumentos proporcionados por um paradigma continuam capazes de resolver os problemas que este define, a ciência move-se com maior rapidez e aprofunda-se ainda mais através da utilização confiante desses instrumentos.
O significado das crises consiste exatamente no fato de que indicam que é chegada a ocasião para renovar os instrumentos.
As crises são uma pré-condição necessária para a emergência de novas teorias.
Embora possam começar a perder sua fé e a considerar outras alternativas, não renunciam ao paradigma que os conduziu à crise, não tratando também da anomalia como contra-exemplos do paradigma.
Uma teoria científica, após ter atingido o status do paradigma, somente é considerada inválida quando existe uma alternativa disponível para substituí-la.
Decidir rejeitar um paradigma é sempre decidir simultaneamente aceitar outro e o juízo que conduz a essa decisão envolve a comparação de ambos os paradigmas com a natureza, bem como sua comparação mútua.
Diferença entre ciência normal e ciência ou estado de crise.
O quebra-cabeça da ciência normal, existe somente porque nenhum paradigma aceita como base para a pesquisa científica resolve todos os seus problemas. Cada problema que a ciência normal considera um quebra-cabeça pode ser visto de outro ângulo: como contra exemplos e portanto fonte de crise.
A crise ao provocar uma proliferação de versões do paradigma, enfraquece as regras de resolução de quebra-cabeças da ciência normal, de tal modo que acaba permitindo a emergência de um novo paradigma.
Uma anomalia parece ser algo mais do que um novo quebra-cabeças, da ciência normal, é sinal de que iniciou a transição para a crise e para a ciência extraordinária.
O desenvolvimento da ciência normal pode transformar em uma fonte de crise uma anomalia que anteriormente não passa de um incômodo.
Todas as crises iniciam com o obscurecimento de um paradigma e o conseqüente relaxamento das regras que orientam a pesquisa normal.
Uma crise pode terminar com a emergência de um novo candidato a paradigma e com uma subseqüente batalha por sua aceitação.
A transição de um paradigma em crise para u, novo, do qual pode surgir uma nova tradição de ciência normal, está longe de ser um processo cumulativo obtido através de uma articulação do velho paradigma.
Ao concentrar a atenção científica sobre uma área problemática bem delimitada e ao preparar a mente científica para o reconhecimento das anomalias experimentais pelo que realmente são, as crises fazem freqüentemente proliferar novas descobertas
Quase sempre, os homens que fazem essas invenções fundamentais são muito jovens ou está há pouco tempo na área de estudos cujo paradigma modificam.
A transição para um novo paradigma é uma revolução científica.
As revoluções científicas são episódios de desenvolvimento não-cumulativo, nos quais um paradigma mais antigo é totalmente ou parcialmente substituído por um novo, incompatível com o anterior.
As revoluções científicas, iniciam-se com um crescimento crescente, também seguidamente restrito uma pequena subdivisão da comunidade científica, de que o paradigma existente deixou de funcionar adequadamente na exploração de um aspecto da natureza, cuja exploração fora anteriormente dirigida pelo paradigma.
Para descobrir como as revoluções científicas são produzidas teremos, portanto, que examinar não apenas o impacto da natureza e da lógica, mas igualmente as técnicas de argumentação persuasiva que são eficazes no interior dos grupos muito especiais que constituem a comunidade dos cientistas.
A pesquisa normal que é cumulativa, deve seu sucesso à habilidade dos cientistas para selecionar regularmente fenômenos que podem ser solucionados através de técnicas conceituais e instrumentais semelhantes às já existentes.
O homem que luta para resolver um problema definido pelo conhecimento e pela técnica existentes não se limita simplesmente a olhar à sua volta. Sabe o que quer alcançar concebe seus instrumentos e dirige seus pensamentos de açodo com seus objetivos. A novidade não antecipada, isto é, a nova descoberta.
As diferenças entre os paradigmas sucessivos são ao mesmo tempo necessárias e irreconciliáveis.
A recepção de um novo paradigma requer com freqüência uma redefinição da ciência correspondente. Alguns problemas antigos podem ser transferidos para outra ciência ou declarados absolutamente não científicos.
A tradição científica normal, que emerge de uma revolução científica é não somente incompatível, mas muitas vezes verdadeiramente incompatível, mas muitas vezes verdadeiramente incomensuráveis com aquela que a precedeu.
Quando duas escolas científicas discordam sobre o que é um problema e o que é uma solução, elas inevitavelmente travarão um diálogo de surdos ao debaterem os méritos relativos dos respectivos paradigmas.
Guiados por um paradigma, os cientistas adotam instrumentos e orientam seu olhar em novas direções.
Durante as revoluções, os cientistas vêem coisas novas e diferentes quando, empregando instrumentos particulares, olham para os mesmo pontos já examinados anteriormente.
Em período de revolução, quando a tradição científica normal muda, a percepção que o cientista de seu meio ambiente deve ser reeducada - deve aprender a ver uma nova forma, em algumas situações com as quais já está familiarizado.
O que um homem vê depende tanto daquilo que ele olha como daquilo que sua experiência visual-conceitual prévia o ensinou a ver.
Nas ciências, as alterações perceptivas acompanham as mudanças de paradigma, sendo que não podemos esperar que os cientistas confirmem essas mudanças diretamente.
Em vez de ser um intérprete, o cientista que abraça um novo paradigma é como o homem que usa lentes inversoras.
Após as revoluções científicas, a grande parte da linguagem e a maior parte dos instrumentos de laboratório continuam sendo os mesmo do paradigma antigo, embora anteriormente eles eram utilizados de maneira diferente.
Em conseqüência disso, a ciência pós-revolucionária invariavelmente inclui muitas das mesmas manipulações, realizadas com os mesmos instrumentos e descritas nos mesmos termos empregados por sua predecessora pré-revolucionária.
As razões para que as revoluções sejam quase totalmente invisíveis. Grande parte da imagem que cientistas e leigos têm da atividade científica criadora provém de uma fonte de autoritária que disfarça sistematicamente.
Os manais começam truncado a compreensão do cientista a respeito da história de sua própria disciplina e em seguida fornecem um substituto para aquilo que eliminaram. É característica dos manuais científicos conterem apenas um pouco de história.
Os manuais são produzidos somente a partir dos resultados de uma revolução científica. Eles servem de base para uma nova tradição de ciência normal
Na media em que se dedica à ciência normal, o pesquisador é um solucionador de quebra-cabeças e não alguém que testa paradigmas.
Uma nova verdade científica não triunfa convencendo seus oponentes e fazendo com que vejam a luz, mas porque seus oponentes finalmente morrem e uma nova geração cresce familiarizada com ela.
É somente através da ciência normal que a comunidade profissional de cientistas obtém sucesso; primeiro, explorando o alcance potencial e a precisão do velho paradigma e então isolando a dificuldade cujo estudo permite a emergência de um novo paradigma.
A alegação isolada mais comumente apresentada pelos defensores de um paradigma é a de que são capazes de resolver os problemas que conduziram o antigo paradigma a uma crise.
Os debates entre paradigma não tratam realmente da habilidade relativa para resolver problemas, embora sejam, por boas razões, expressos nesses termos. Ao invés disso, a questão é saber que paradigma deverá orientar no futuro a pesquisa sobre problemas.
Para que o paradigma possa triunfar é necessário que ele conquiste alguns adeptos iniciais, que o desenvolverão até o ponto em que argumentos objetivos possam ser produzidos e multiplicados.
O termo ciência está reservado, em grande medida, para aquelas áreas que progridem de maneira óbvia.
Examinando-se a questão a partir de uma única comunidade, de cientistas ou não cientistas, o resultado do trabalho criador bem sucedido é o progresso.
Durante o período pré-paradigmático, quando temos uma multiplicidade de escolas em competição, torna-se muito difícil encontrar provas de progresso, a não ser no interior das escolas.
O processo parece óbvio e assegurado somente durante aqueles períodos em que predomina a ciência normal.
O seu estado normal , a comunidade científica é um instrumento imensamente eficiente para resolver problemas ou quebra-cabeças definidos por seu paradigma. Além do mais, a resolução desses problemas deve levar inevitavelmente ao progresso.
Pelo menos para a facção vitoriosa, o resultado de uma revolução de ser o progresso.
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3 comentários:
Tigrão - Melhor professor do 1º Ano
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