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sábado, 30 de setembro de 2017

ANTÔNIO GRAMSCI





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ANTÔNIO GRAMSCI


ANTONIO GRAMSCI E A REVOLUÇÃO CULTURAL
"Ao se apropriar da cultura de massas, cria-se o conjunto das condições que formam não a posição econômica na sociedade mas sim a imaginação do ser humano nessa sociedade. Dá-se a ele uma cosmovisão, uma visão do todo e, portanto, de certa forma, totaliza-se a consciência dele para que ele se transforme em um agente revolucionário, e muitas vezes sem ele perceber. Segundo Gramsci, para apossar-se da superestrutura  — estruturas do poder social — é preciso antes de mais nada se apropriar da cultura, porque assim haverá, durante o lapso de uma geração ou duas, ou até três, uma modificação da forma como as pessoas pensam, e assim também do conjunto das condições reais às quais esses indivíduos irão agir —hegemonia cultural. Para se apropriar da cultura é conveniente selecionar quais livros entram no mercado — seletividade editorial. E quem vai selecionar? é essencial um grupo mobilizado, o qual Gramsci chama de intelectuais orgânicos. É necessário que, antes de fazer a revolução, tome-se a sociedade na sua consciência através dessahegemonia cultural, ou seja, antes de se chegar à superestrutura deve-se já trabalhar na cultura para que as pessoas pensem e combinem em tudo o que se deseje fazer; modificando-se assim a consciência dos indivíduos para que eles ajam segundo os padrões da revolução, porque eles vão ser educados, instruídos, para serem agentes revolucionários. Quem vai coordenar esse processo para que ele não desencane? é o grupo daqueles que conhecem e estabelecem o projeto de tomada do poder e da hegemonia, e ao mesmo tempo coordenam as ações temporais concretas para se chegar lá, a saber: não ir muito com excesso e também não faltar demais, mas ir lenta e gradualmente estabelecendo a hegemonia e, portanto, a revolução. Para o Gramsci a revolução não é uma revolução armada, e sim cultural; e essa revolução tem que ser coordenada por aqueles que estão à frente do processo de tomada do poder, isto é, pelosintelectuais orgânicos, os quais formam um outro grupo chamado partido político para que aja politicamente, formam também os meios de comunicação que são aqueles que vão ter a opinião pública na mão, e formam ainda a classe universitária para que ela — 'esclarecida' — possa cada vez mais introjetar e formatar a hegemonia cultural num nível mais alto do que o dos meios de comunicação. Dessa forma, temos: ação política, ação social e ação intelectual coordenadas por um mesmo grupo. Então, na sociedade, é como se tivéssemos uma pirâmide dividida em classes. Gramsci divide assuperestruturas impositivas, em: família, escola, Igreja, sindicatos, partidos políticos, Estado e Economia; e a revolução e a hegemonia não podem tomar de uma hora para outra a economia para modificar os meios de produção, a mudança tem que vir de baixo para cima, tem-se que primeiro destruir a família, depois destruir a verdadeira educação, em seguida destruir a Igreja, e por fim os sindicatos e os partidos políticos a não ser os seus próprios, para que aí se tome o Estado; e, tomando-se o Estado, paulatinamente acabe-se com a oposição e, acabando-se com a oposição, conquiste-se hegemonicamente a sociedade inteira. Mas... destruir a própria família? sim, porque a família, segundo Gramsci, é uma estrutura fundamentada na burguesia; a moral cristã, que é a base da família na civilização ocidental, é uma moral burguesa."
Prof. Marcus Boeira
http://janelapensante.blogspot.com.br/2015/05/antonio-gramsci-e-revolucao-cultural.html

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