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terça-feira, 27 de abril de 2021

Animal Político

 


Zoon Politikon (Animal Político) é uma expressão utilizada pelo filósofo grego Aristóteles de Estagira (384 a.C – 322 a.C),  para descrever a natureza do homem – um animal racional que fala e pensa (zoon logikon) – , em sua interação necessária na cidade-Estado (pólis).


O pensamento é composto de três operações intelectuais:

Apreensão:Concepção de uma ideia.

Juízo:Afirmação ou negação de uma relação entre duas ideias.

Raciocínio: operação pelo qual de dois ou mais juízos tira-se outro que deles decorre  necessariamente.

Para cada uma dessas operações há um correspondente na expressão verbal:

Para a apreensão,o termo.

Para o juízo a proposição.

Para o raciocínio,o argumento.


1.APREENDER

Apreender é o ato pelo qual a inteligência concebe uma ideia, sem nada afirmar nem negar.

2.IDÉIA OU CONCEITO

É a simples representação determinada de um objeto sensível. Ex:Homem,triangulo,etc..

a)Conceito mental x conceito objetivo

Conceito mental é a coisa concebida enquanto concebida, aquilo pelo qual a inteligência conhece.

Conceito objetivo é aquilo que a inteligência conhece ,é o objeto conhecido enquanto objeto.


b) Ente real x ente de razão

Ente real: realizável.

Ente de razão: Pensável mais não realizável fora da inteligência. São as privações e as noções universais enquanto tais.

B.O TERMO

1.DEFINIÇÃO

Termo é a expressão verbal ou sinal da ideia.

Pode ser expresso por várias palavras significando uma única ideia lógica.

Uma ideia pode ser considerada do ponto de vista da compreensão e da extensão;

Compreensão: Conjuntos componentes de elementos de uma ideia. É o conteúdo de uma ideia.

Extensão: Conjunto de sujeitos aos quais as ideias convém.

Hierarquia das ideias e dos termos: É possível ordenar as ideias segundo uma categoria baseada em sua extensão.

Genêro: Toda ideia que contêm outras ideias gerais. É a ideia superior em extensão.



Espécie: Toda ideia que contêm apenas indivíduos. É ideia inferior em relação a primeira.


substância (οὐσία, ousia, substantia),

quantidade (ποσόν, posón, quantitas),

qualidade (ποιόν, poión, qualitas),

relação (πρός τι, relatio),

lugar (ποῦ, ubi),

tempo (ποτέ, quando),

estado (κεῖσθαι, situs),

hábito (ἔχειν, habere),


Árvore de Porfírio 



5 crianças selvagens criadas como animais



o homem é tão capaz de “desejos” e “afecções” (vontade ou alma desiderativa) quanto está apto a adquirir inteligência (razão ou alma racional). Complexo, o homem é o único com capacidade para agir orientado por uma moral, de modo que suas ações e juízos resultam ora em vício, ora em virtude. 

Para Aristóteles, um homem incapaz de “viver em sociedade” ou alheio ao Estado é um “bruto ou uma divindade”... “O todo deve, necessariamente, ser posto antes da parte”. Isso, obviamente, seria próprio de uma tendência gregária detectável em várias espécies. Mas, de acordo com Aristóteles, o diferencial do homem está no fato de ele não se unir aos demais apenas para a satisfação de seus desejos imediatos (reprodução, proteção, alimentação, etc.), saciados no seio da família ou da aldeia. Ele tende a ir além, dar vazão às suas potencialidades, e nesse ponto entra a importância da pólis para sua realização .Assim, o homem é um animal político, pois, na pólis, ele consegue orientar-se pela conduta moral mediada por leis estabelecidas pelos elementos intelectuais (adquiridos no processo de formação) e moral (lapidada pelos hábitos racionais e pela experiência vivida). O homem é, portanto, um receptáculo pronto a receber e experimentar ensinamentos e vivências, sem os quais sua existência ficaria incompleta, sendo comandada apenas pelas vontades. A propósito, eis a razão para a prudência ser tão estimada na pólis aristotélica: somente com a experiência e a inteligência consegue-se antever as consequências de um ato desviante à moral do grupo.


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