Zoon Politikon (Animal Político) é uma expressão utilizada pelo filósofo grego Aristóteles de Estagira (384 a.C – 322 a.C), para descrever a natureza do homem – um animal racional que fala e pensa (zoon logikon) – , em sua interação necessária na cidade-Estado (pólis).
O pensamento é composto de três operações intelectuais:
Apreensão:Concepção de uma ideia.
Juízo:Afirmação ou negação de uma relação entre duas ideias.
Raciocínio: operação pelo qual de dois ou mais juízos tira-se outro que deles decorre necessariamente.
Para cada uma dessas operações há um correspondente na expressão verbal:
Para a apreensão,o termo.
Para o juízo a proposição.
Para o raciocínio,o argumento.
1.APREENDER
Apreender é o ato pelo qual a inteligência concebe uma ideia, sem nada afirmar nem negar.
2.IDÉIA OU CONCEITO
É a simples representação determinada de um objeto sensível. Ex:Homem,triangulo,etc..
a)Conceito mental x conceito objetivo
Conceito mental é a coisa concebida enquanto concebida, aquilo pelo qual a inteligência conhece.
Conceito objetivo é aquilo que a inteligência conhece ,é o objeto conhecido enquanto objeto.
b) Ente real x ente de razão
Ente real: realizável.
Ente de razão: Pensável mais não realizável fora da inteligência. São as privações e as noções universais enquanto tais.
B.O TERMO
1.DEFINIÇÃO
Termo é a expressão verbal ou sinal da ideia.
Pode ser expresso por várias palavras significando uma única ideia lógica.
Uma ideia pode ser considerada do ponto de vista da compreensão e da extensão;
Compreensão: Conjuntos componentes de elementos de uma ideia. É o conteúdo de uma ideia.
Extensão: Conjunto de sujeitos aos quais as ideias convém.
Hierarquia das ideias e dos termos: É possível ordenar as ideias segundo uma categoria baseada em sua extensão.
Genêro: Toda ideia que contêm outras ideias gerais. É a ideia superior em extensão.
Espécie: Toda ideia que contêm apenas indivíduos. É ideia inferior em relação a primeira.
substância (οὐσία, ousia, substantia),
quantidade (ποσόν, posón, quantitas),
qualidade (ποιόν, poión, qualitas),
relação (πρός τι, relatio),
lugar (ποῦ, ubi),
tempo (ποτέ, quando),
estado (κεῖσθαι, situs),
hábito (ἔχειν, habere),
A Árvore de Porfírio
5 crianças selvagens criadas como animais
Para Aristóteles, um homem incapaz de “viver em sociedade” ou alheio ao Estado é um “bruto ou uma divindade”... “O todo deve, necessariamente, ser posto antes da parte”. Isso, obviamente, seria próprio de uma tendência gregária detectável em várias espécies. Mas, de acordo com Aristóteles, o diferencial do homem está no fato de ele não se unir aos demais apenas para a satisfação de seus desejos imediatos (reprodução, proteção, alimentação, etc.), saciados no seio da família ou da aldeia. Ele tende a ir além, dar vazão às suas potencialidades, e nesse ponto entra a importância da pólis para sua realização .Assim, o homem é um animal político, pois, na pólis, ele consegue orientar-se pela conduta moral mediada por leis estabelecidas pelos elementos intelectuais (adquiridos no processo de formação) e moral (lapidada pelos hábitos racionais e pela experiência vivida). O homem é, portanto, um receptáculo pronto a receber e experimentar ensinamentos e vivências, sem os quais sua existência ficaria incompleta, sendo comandada apenas pelas vontades. A propósito, eis a razão para a prudência ser tão estimada na pólis aristotélica: somente com a experiência e a inteligência consegue-se antever as consequências de um ato desviante à moral do grupo.
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