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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O LIBERALISMO CAPITALISTA E O COLETIVISMO MARXISTA


Discernimento sobre as ideologias na América Latina e os sistemas que nelas se inspiram.
Entre as múltiplas definições que se podem propor, chamamos aqui ideologia toda concepção que ofereça uma visão dos diversos aspectos da vida, desde o ponto de vista de um grupo determinado da sociedade. A ideologia manifesta as aspirações desse grupo, convida para certa solidariedade e combatividade e fundamenta sua legitimação em valores específicos. Toda ideologia é parcial, já que nenhum grupo particular pode pretender identificar suas aspirações com as da sociedade global. Uma ideologia será, pois, legítima se os interesses que defende o forem e se respeitar os direitos fundamentais dos demais grupos da nação. Neste sentido positivo, as ideologias surgem como algo necessário para a esfera social, enquanto são mediações para a ação.
As ideologias trazem em si mesmas a tendência a absolutizar os interesses que defendem, a visão que propõem e a estratégia que promovem. Neste caso, se transformam em verdadeiras "religiões leigas". Apresentam-se como "uma explicação última e suficiente de tudo e se constrói assim um novo ídolo, do qual se aceita às vezes, sem se dar conta, o caráter totalitário e obrigatório". Nesta perspectiva não é de estranhar que as ideologias tentem instrumentalizar pessoas e instituições a serviço da eficaz consecução de seus fins. Eis o lado ambíguo e negativo das ideologias.
Não devemos analisar as ideologias somente do ponto de vista de seus conteúdos conceituais. Elas constituem, transcendendo a eles, fenômenos vitais de dinamismo envolvente, contagioso. São correntes de aspirações com tendência para a absolutização, dotadas também de poderosa força de conquista e fervor redentor. Isso lhes confere uma "mística" especial e a capacidade de penetrar os diversos ambientes de modo muitas vezes irresistível. Seus slogans, suas expressões típicas, seus critérios, chegam a marcar profundamente e com facilidade mesmo aqueles que estão longe de aderir voluntariamente a seus princípios doutrinais. Desse modo, muitos vivem e militam praticamente dentro dos limites de determinadas ideologias sem haverem tomado consciência disso. Este é outro aspecto que exige constante revisão e vigilância. Tudo isso se aplica tanto às ideologias que legitimam a situação atual, como àquelas que pretendem muda-la.

A exaltação desmedida e os abusos do Estado não podem, fazer esquecer a necessidade das funções do Estado moderno, respeitoso dos direitos e das liberdades fundamentais. Estado que se apóie sobre uma ampla base de participação popular, exercida através de diversos grupos intermédios. Propulsor de um desenvolvimento autônomo, acelerado e eqüitativo, capaz de afirmar o ser nacional diante de pressões ou interferências indevidas, tanto em nível interno como internacional. Capaz de adotar uma posição de ativa cooperação
com os esforços de integração continental e no âmbito da comunidade internacional. Estado, enfim, que evite o abuso do poder monolítico, concentra
do nas mãos de poucos.
Na América Latina há diversas ideologias que exigem uma análise.

a) O liberalismo capitalista, IDOLATRIA da riqueza em sua forma individual. Reconhecemos a força que infunde a capacidade criadora da liberdade humana e que foi o propulsor do progresso. Contudo, "considera o lucro como o motor essencial do progresso econômico, a concorrência como lei suprema da economia, a propriedade privada dos meios de produção como direito absoluto, sem limites nem obrigações sociais correspondentes. Os privilégios ilegítimos, derivados do direito absoluto de propriedade, causam contrastes escandalosos e uma situação de dependência e opressão, tanto no âmbito nacional quanto no internacional. Embora seja evidente que em alguns países se atenuou sua expressão histórica original, devido à influência de uma necessária legislação social e de precisas intervenções do Estado, em outros lugares ainda manifesta persistência ou, mesmo, retrocesso a formas primitivas e de menor sensibilidade social.

b) O coletivismo marxista conduz igualmente — por seus pressupostos materialistas — a uma idolatria da riqueza, mas em sua forma coletiva. Embora nascido de uma crítica positiva ao fetichismo do comércio e ao desconhecimento do valor humano do trabalho, não conseguiu ir à raiz dessa IDOLATRIA que consiste na recusa do Deus de amor e justiça, único Deus adorável.

O motor de sua dialética é a luta de classes. Seu objetivo, a sociedade sem classes, que se alcança através de uma ditadura proletária que, enfim, estabelece a ditadura do partido. Todas as suas experiências históricas concretas, como sistema de governo, se realizaram dentro do quadro de regimes totalitários fechados a toda possibilidade de crítica e retificação.

2 comentários:

Lorena disse...

tendencioso e informações erradas.

Lorena disse...

Religião não se mistura com política.