Bacharel em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Licenciado em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Especialista em Educação no Ensino Superior. Especialista em Filosofia pela UNESP. LICENCIADO EM PEDAGOGIA - UNESP. BACHAREL EM TEOLOGIA PELA FACULDADE DA CONGREGAÇÃO DOS MISSIONÁRIOS CLARETIANOS
SE O TEMPO FOSSE OURO..., TALVEZ PUDESSES PERDÊ-LO. - MAS O TEMPO É VIDA, E TU NÃO SABES QUANTA TE RESTA.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
PRIMEIRO ANO – PRIMEIRO BIMESTRE - Lógica da pesquisa científica
1) assista os videos
video 1
https://www.youtube.com/watch?v=iamEsN_Ap9Q
https://www.youtube.com/watch?v=3WL1Ybhs4C0
2) faça o seminário de tempo lógico;
KARL POPPER
Prefácio- A filosofia não tem estrutura organizada e o filósofo raramente encontra problemas genuínos.
Capítulo 1- colocação de alguns problemas fundamentais.
Popper diz que a ciência formula enunciados verificáveis. A lógica da pesquisa científica tem como tarefa a análise lógica dos métodos das ciências empiristas. Essas ciências empregam o método indutivo. Popper critica esse método, dizendo não haver lógica na inferência de enunciados singulares. A indução é um método de raciocínio que vai do particular ao geral. Como seus resultados são de origem empírica e de ordem probabilística, Popper afirma que seus resultados não são necessariamente verdadeiros
O problema da indução indaga a validade da mesma. Toda afirmação com base na experiência é singular, e não universal. Kant chamou a atenção para isso dizendo serem os juízos a priori os fundamentos da ciência, por serem universais e necessários.
Para justificar as inferências indutivas, deve-se estabelecer o princío da indução, que busca ordenar as inferências de modo lógico. Popper diz que o princío da indução não e analítico, mas sintético. Kant havia postulado que no analítico, o predicado está contido no sujeito e no sintético, não, apesar de predicado e sujeito estarem conectados. Só o sintético acrescenta algo ao conhecimento.
Popper sustenta que "o principio da indução é supérfluo e conduz a incoerências lógicas". Diz que essa incoerência já devia ter fica clara desde Hume. Hume, como seu ceticismo, modificou a lei da causalidade, dizendo que a relação causa e efeito é como uma adequação do intelecto com a coisa, e não existe na natureza.
Popper diz que Kant não alcançou êxito na justificação dos juízos sintéticos a priori. Kant havia falado que tais juízos são a base de ciências como a matemática e a física. Popper cita Reichenbach, que fala favoravelmente do método indutivo. O apriorismo tem origem na probabilidade da indução. É uma redução por exemplo, o juízo: "a casa rosa é casa", pois comete uma redundância, apesar de ser verdadeiro e necessário, mesmo que não haja nenhuma casa no mundo. Popper defende contra esse, o método dedutivo de prova, em que a "hipótese só admite prova empírica".
A lógica do conhecimento científico (Popper abandona aqui o termo pesquisa, e adota o que viria a ser título de um livro seu) analisa a justificação de validade, e não as questões de fato. Popper diz que discutirá o caminho entre uma ideia nova e a metodologia em que ela deve ser posta a prova sobre o ponto de vista lógico. É uma tarefa epistemológica. Ele afirma que toda descoberta tem uma intuição criadora de um elemento racional.
A partir de uma ideia nova podemos tirar deduções lógicas, que são comparadas com outras conclusões, de onde se tira relações lógicas. Popper identifica quatro maneiras de submeter uma teoria à prova. São elas:
• a) Comparação de conclusões.
• b) Investigação da lógica da teoria.
• c) Comparação com outras teorias.
• d) Confirmação pelas experiências.
A última visa o resultado pragmático da teoria. Outros resultados são deduzíveis da teoria. Poderíamos dizer que esse resultado deduzível também põe a teoria a prova, necessitando serem lógicos. Esse processo foge a lógica indutiva. Popper a refuta porque não proprociona " critério de demarcação" adequado. Esse critério distingue as ciências empíricas das apriorísticas (como a geometria e a física). Para os epistemologistas, o empirismo tende a ir para a indução. Isso se plica ao positivismo.
Os positivistas, diz popper se empenham em demonstrar que a metafísica, por não ser empírica, é vazia de significado, ou "puro sofismas e ilusões", citação de Hume por Popper. (Investigação Sobre o entendimento humano, Hume) Assim, os positivistas "reiteram o critério de demarcação de sua lógica indutiva"
Wittgenstein, coloca Popper, também fez isso pois para ele as proposições significativas podem ser reduzidas par proposições elementares. O critério de signifcatividade de Wittgenstein leva a crer serem desprovidas de sentido as leis naturais, tão importantes para Einstein. Popper gostava de Física, e chegou a ser professor dessa doutrina. Wittgenstein desenvolveu a teoria da significação e da linguagem. Sua filosofia é essencialmente da linguagem, que é o limite do homem, a maneira de como ele pode significar sua percepção através da linguagem.
Popper fala que os positivistas falharam em seu critério de demarcação, pois chegaram a conclusão de qua ambos são sem significados.
O critério de demarcação de popper busca uma convenção. Ele não pretende matar a metafísica, mas fala que uma tarefa da lógica do conhecimento é elaborar um conceito de ciência empírica. A ciência empírica trata do mundo da experiência, o mundo rela para Popper. O sistema teórico de Popper para esse assunto busca ser sintético, não contraditório, e busca “satisfazer o critério de demanrcação" e busca ser diferentes de sistemas semelhantes, submentendo-o à provas e ao método dedutivo.
Como rejeita a dedução, Popper coloca que as teorias nunca são empiricamente verificáveis. Mas apesar disso, Popper só considera um sistema se ele for confirmado pela experiência. O critério de marcação não deve usar a verificabilidade, mas a falsibilidade para analisar um sistema. Popper não admite como empíricos só os juízos considerados inegáveis mas também os válidos em apenas um sentido (como queria Hume) e os tautológicos.
Os problemas de base empírica não pertencem à lógica do conhecimento, mas Popper tratará disso em seu livro. Ele enfatiza que enunciados só podem ser justificados logicamente por outros enunciados. Mas Popper recusa a psicologia empírica e a separa da metodologia e lógica. Deve-se distinguir nossas experiências subjetivas das relações lógocas objetivas. Popper adota a definição de Kant para sujeito e objeto, mas recria a noção de objetividade dos enunciados científicos (que não são verificáveis mas devem serem postos à prova) ao dizer que eles são válidos se podem "ser intersubjetivamente ser submetidos a um teste".
Kant falava que o subjetivo é relativo aos nossos sentimentos de convicção. Só com a repetição de fenómenos podemos pô-lo à prova. O subjetivo não pode nunca anunciar um enunciado como lei, por mais forte que seja o sentimento de convicção. Kant falava que a relação sujeito-objeto é deturpada pelo entendimento. A disposição da percepção do sujeito molda o modo como ele percebe o objeto. Esse argumento, que está próximo do idealismo é considerado a revolução copernicana realizada por Kant na filosofia. Kant dizia também que como a relação é afetada pelo entendimento do sujeito, ele nunca chega a conhecer a realidade tomada nela mesma, a "coisa em si". Quando tomo contato com uma coisa, eu penso ela.
Se se concorda com o fato de serem válidas apenas apenas os enunciados objetivos, ous passíveis de teste intersubjetivos, não existem enunciados definitivos da ciência, conforme Popper. E os empiristas, como poderão ser objetivos, se a experiência é pessoal? Concluindo o capítulo 1, Popper fala que "sistemas de teorias são submetidos à testes, deles se deduzindo enunciados de menor universalidade", que devem ser passíveis de testes intersubjetivos, que por sua vez devem ser suscetíveis de teste, assim ao infinito.
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